Vecchie e nuove conoscenze fra i violenti
Segundo Aristóteles,
(Ética, livro VII) são três as 'disposições que o céu não quer':
Incontinência, bestialidade louca (assim é definida a violência),
e malícia. Dante as retoma tais e quais na estruturação do inferno,
muda apenas o nome (mas não o sentido) das últimas duas: violência e
fraude.
Secondo
Aristotele (Etica, libro VII) tre sono le “disposizion che’l ciel non
vuole”: Incontinenza, matta bestialità (così viene definita la
violenza), e malizia. Dante le riprende tali e quali nella
strutturazione dell’inferno; cambia solo il nome (ma non il senso),
delle due ultime: violenza e frode.
Até
agora, conhecemos os incontinentes (luxuriosos, gulosos, avarentos e
pródigos, irados) e uma primeira turba de violentos, os heréticos, com o
'grande' Farinata.
No sétimo círculo, guardado pelo Minotauro,
encarnação da 'bestialidade louca', estamos prestes a encontrar outras
quatro categorias de violentos: os tiranos sanguinolentos (violentos
contra o próximo), os suicidas (violentos contra si mesmo), os
blasfemadores (violentos contra Deus) e os sodomitas (violentos contra
naturam - assim pelo menos eram considerados na época; hoje também, ao
que parece, pela maioria dos bem pensantes, mas felizmente isto está
mudando!).
Finora
abbiamo conosciuto gli incontinenti (lussuriosi, golosi, avari e
prodighi, iracondi), ed una prima schiera di violenti, gli eretici, con
il ‘grande’ Farinata.
Nel
settimo cerchio, quello custodito dal Minotauro, incarnazione della
‘matta bestialità’, stiamo per incontrare altre quattro categorie di
violenti: i tiranni sanguinari (violenti contro il prossimo), i suicidi
(violenti contro sé), i bestemmiatori (violenti contro Dio), ed i
sodomiti (violenti contro la natura - almeno così erano ritenuti
all’epoca; oggi anche, a quanto pare, dalla maggioranza dei benpensanti,
ma per fortuna sta cambiando!).
“Ma ficca gli occhi a valle, che s’approccia
la riviera del sangue, in la qual bolle
qual che per violenza in altrui noccia”. (Inf., XII, 46-48)
Mas fita o vale, que leva consigo
o rio-sangue, ali onde em fervura
quem feriu por violência tem castigo.
(Jorge Wanderley)
Assim
Virgílio convida Dante a continuar o desfile infernal de pecados e
pecadores, logo após ter superado a ameaça do Minotauro.
Così Virgilio invita Dante a proseguire la rassegna infernale di peccati e peccatori, appena elusa la minaccia del Minotauro.
“Oh cieca cupidigia (di sangue!) e ira folle,
che sì ci sproni ne la vita corta,
e ne l’etterna poi si mal c’immolle!” (Inf., XII, 49-51)
Ó cega cupidez, ira e loucura
que a nós nos esporeia à curta vida
e à outra imerge em dor, que eterna dura!
E
lá em baixo, no sangrento borbulhar do Flegetonte, emergem as cabeças
dos violentos, atingidos imediatamente pelas flechas de furiosos
centauros, os míticos guardas-algozes do local, se apenas tentam emergir
mais do que é permitido.
E
laggiù, nel sanguigno ribollire del Flegetonte, emergono le teste dei
violenti, immediatamente tempestati dai dardi dei furiosi centauri,
mitici custodi-aguzzini del luogo, se solo tentano di emergere più del
consentito.
“Dintorno al fosso vanno a mille a mille,
saettando qual anima si svelle
del sangue più che sua colpa sortille” (Inf., XII, 73-75)
Pelo fosso, aos milhares, em desfile,
flecham as almaslá do sangue alçadas
além das culpas em que se perfilem.
Nem
todos os centauros, porém, são tão brutais. Quíron, mítico preceptor de
Aquiles, que pouco antes estava para alvejar os recém chegados ("Quíron
com o sulco de um dardo retoca - as barbas para trás bem apartadas. vv.
77-78 por Jorge Wanderley), é descrito como 'grande', tanto fisicamente
quanto moralmente. Ele convida Nesso, outro colega, a levá-los para o
outro lado do Flegetonte, após confirmar que os dois estão com 'tudo em
cima'...
Non
tutti i Centauri, però, sono così brutali. Chirone, mitico precettore
di Achille, che qualche attimo prima stava per trafiggere i nuovi
arrivati (Chiron prese uno strale, e con la cocca - fece la barba in
dietro a le mascelle. Ibid, 77-78), è descritto come ‘grande’, sia
fisicamente che moralmente. E questi invita Nesso, altro collega, a
traghettarli di là del Flegetonte, una volta accertato che i due hanno
le carte in regola …
Ao desempenhar este
papel, Nesso nomeia alguns dos 'velhos' tiranos: Alexandre (não o
'Magno', mas o filho de Felipe - não de Edimburgo mas da Macedonia...);
Dioniso (o de Siracusa), e dois contemporâneos: o famigerado Ezzelino
III de Romano e Obizzo de Este, não menos violento que o anterior.
Nel
assolvere questo compito, Nesso nomina alcuni dei ‘vecchi’ tiranni,
“che dier nel sangue e nell’aver di piglio” (Ibid., 105): Alessandro
(non quello ‘Magno’, ma il figlio di Filippo - non di Edimburgo, ma di
Macedonia …); e poi Dioniso (quello di Siracusa), e due contemporanei:
il famigerato Ezzelino III da Romano e Obizzo II d’Este, non meno
violento del primo.
Mas
quem são os outros dois, que Nesso não podia nem conhecer nem nomear,
que se entreolham fixamente, alucinados e dignos dos piores loucos da
história e que aqui se encontram retratados no primeiro plano? Mesmo
sendo dois personagens da recente história européia os amigos
brasileiros não terão dificuldade em reconhece los.
Ma
chi sono gli altri due, che Nesso non poteva conoscere né nominare, che
si guardano fissi negli occhi allucinati e degni dei peggiori pazzi
della storia, e che qui sono ritratti in primo piano?
Anche se sono due personaggi della recente storia europea, gli amici lettori brasiliani non faticheranno certo a riconoscerli.
Pode-se
objetar que a América latina e outros continentes também assistiram ao
nascimento de personagens similares, mas por dever de hospitalidade os
dois europeíssimos autores do blog preferiram lavar em público a
'própria' roupa suja, e não a dos outros....
Si
potrà obiettare che anche la Latino-america e gli altri continenti
hanno visto la sciagurata nascita di personaggi siffatti, ma per dovere
di ospitalità i due europeissimi autori del blog hanno preferito lavare
in pubblico i ‘propri’ panni sporchi, e non quelli altrui …
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